A ABB Eletrificação está prestes a concluir a modernização do sistema auxiliar da Usina Hidrelétrica São Simão, localizada entre os munícipios de São Simão (GO) e Santa Vitória (MG) e gerida pela SPIC Brasil, subsidiária brasileira da State Power Investment Corporation of China (SPIC). A usina opera seis turbinas que podem gerar até 1.710 MW, energia suficiente para abastecer seis milhões de residências.
Paulo Trípode, Gerente de Operações Hidrelétricas da SPIC Brasil, reforça o compromisso da empresa em investir em tecnologia e segurança na Usina. “A conclusão de mais essa etapa, prevista para ocorrer neste ano, é muito importante no processo de atualização tecnológica da Usina Hidrelétrica São Simão e traz mais segurança para o ativo, para os colaboradores e até para o Sistema Interligado Nacional (SIN)”.
De acordo com João Dias, engenheiro de vendas do canal de Utility da ABB, as seis unidades geradoras de energia contam com 24 disjuntores de baixa tensão no sistema auxiliar. “Por meio do retrofit dos disjuntores conseguimos atualizar os dispositivos de manobra, agregando segurança e confiabilidade ao sistema, com tempo de parada reduzido”, explica Dias. O processo teve início em 2019 e tem previsão de conclusão ainda este ano.
Os disjuntores substituídos na UHE São Simão eram de fabricação ABB – linha BBC Otomax, com correntes nominais de 800A a 3200A. A solução mais adequada para o projeto, de acordo com a análise realizada pela engenharia de serviços da ABB, foi o conceito Hard Bus Retrofill com inclusão de compartimentação exclusiva para atendimento de requisitos normativos de segurança (NR10), em conformidade com os padrões definidos para aplicação de disjuntores da linha EMAX 2.
Com a substituição, os novos disjuntores da linha EMAX 2 proporcionam vários benefícios para a UHE São Simão, como a confiabilidade e segurança dos equipamentos; padronização da base instalada e intercambialidade dos disjuntores de todo sistema auxiliar da usina e leitura de parâmetros elétricos da instalação direto no display dos disjuntores. Além disso, oferece disponibilidade de partes e peças de reposição no mercado, facilidade de substituição das mesmas por conta da característica modular dos disjuntores e possibilidade de monitoramento remoto por meio da plataforma em nuvem da ABB.
Os disjuntores são compatíveis com todos os principais protocolos de comunicação utilizados no setor industrial, inclusive com IEC 61850 nativo, que possibilita conexão com sistemas de automação amplamente utilizados para criar redes inteligentes de distribuição em baixa e média tensão.
“O disjuntor EMAX 2 permite aplicação do conceito de manutenção preditiva ou manutenção baseada na condição. Se houver alguma falha, a correção e/ou substituição é muito mais simples. Caso ocorra um desarme, a identificação da causa e da solução será mais rápida e segura”, diz João. Os Kits de Retrofit ABB são projetados para preservar a estrutura do painel existente, facilitando a adaptação ao barramento e demais interfaces do disjuntor antigo, minimizando o tempo total de parada da instalação.
A ABB possui diferentes soluções de retrofit para disjuntores de baixa tensão. São elas: Hard Bus Retrofill (RF), Direct Replacement (DR) e Cradle-in-Cradle (CiC). Segundo o engenheiro, a definição de qual solução adotar baseia-se, principalmente, em critérios técnicos, como a condição da estrutura existente, compatibilidade eletromecânica e variáveis dielétricas do conjunto, como, por exemplo o nível de curto-circuito.
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