Com o período de estiagem que se aproxima, novamente acende um sinal de alerta para o aumento das queimadas na Paraíba, onde estão localizados o Complexo Eólico Vale dos Ventos e o Parque Eólico Millennium. Dados atualizados do Corpo de Bombeiros de Paraíba já contabilizam quase 900 ocorrências de incêndios em vegetação neste ano em todo o Estado. A corporação alerta, no entanto, que a temporada de maior incidência de incêndios florestais ainda está por vir, em especial durante os meses de setembro e outubro. Como parte das ações permanentes de preservação e da segurança nas imediações dos seus parques eólicos, a SPIC Brasil, empresa responsável pela operação dos complexos Vale dos Ventos e Millennium, inicia uma campanha de conscientização como alerta para as graves consequências das queimadas.
“É preocupante a predominância de queimadas acidentais e criminosas nas zonas rurais, ano após ano. Precisamos cuidar da segurança de todos e do meio ambiente, então pedimos que evitem pequenos hábitos de risco, como a limpeza de terrenos com fogo, soltar balões, especialmente nessa pior estiagem dos últimos 90 anos”, alerta Leandro Alves, Diretor de Operações Renováveis da SPIC Brasil. Ao longo dos próximos meses, a SPIC disseminará uma série de informações educativas, de prevenção e conscientização sobre as queimadas.
O tema é cada vez mais urgente, segundo apontam os dados mais recentes. Ano passado, foram registradas 2697 ocorrências de incêndio florestal ou em vegetação na Paraíba, segundo informou o Corpo de Bombeiros da PB. A corporação chama atenção para a alta frequência de focos de incêndio em decorrência da limpeza de vegetação em terrenos através do uso de fogo.
Com a redução das chuvas na região, tem-se a diminuição da umidade relativa do ar que, consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias.
“É importante que todos se conscientizem e fiquem atentos. As principais consequências das queimadas são a piora da qualidade do ar, o aumento dos problemas respiratórios, além da agressão à fauna e flora. Por isso, ao sinal de qualquer irregularidade, denuncie”, destaca Leandro.
Monitoramento é de todos
Provocar incêndio ambiental é crime, cuja gravidade pode levar a detenção de até quatro anos, além de multa. Caso o cidadão aviste um foco de incêndio ou fumaça suspeita, deve imediatamente ligar para os telefones de emergência: 193 (Bombeiros) ou 190 (Polícia Militar).
Dicas de como evitar o risco de queimadas
- Nunca atear fogo em área de vegetação ou desmatada sem a autorização e supervisão do órgão ambiental;
- Manter sempre aceiradas as propriedades rurais e sua comunidade em alerta para qualquer foco de queimada;
- Manter terrenos limpos na zona urbana, com pouca ou nenhuma vegetação;
- Não usar o fogo como forma limpeza, ao queimar lixo, folhagens, galhadas e entulhos, principalmente se for próximo de áreas de vegetação. Procure destinar esse material para o local certo, de acordo com a política sanitária de seu município.
- Nunca jogar “bituca” de cigarro quando trafegar por rodovias ou estradas, pois a vegetação seca pega fogo com muita facilidade no período de estiagem. A fumaça ainda prejudica a visibilidade dos motoristas, o que aumenta o risco de acidentes.
- Em acampamentos, muito cuidado ao acender fogueiras, velas, lamparinas e lampiões. Prefira fazê-lo em local limpo e sem nenhuma vegetação em volta, além de fora da área de preservação ambiental. Lembre-se de verificar se as fogueiras estão totalmente apagadas antes de deixar o local, pois fogueiras em brasa podem ser reativadas com o vento.
- Não soltar balões. A prática é muito perigosa ao meio ambiente, além de configurar crime, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9605/98).
Siga a spic