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Foco no amanhã: Fórum Brasileiro de Líderes em Energia discute tendências e novidades para o futuro do setor elétrico

16 de abril de 2024

Autoridades, CEOs, profissionais, gestores públicos e agentes se encontraram para discutir o futuro do mercado energético nacional. Eles estiveram reunidos no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, entre os dias 11 e 12 de abril, no Rio de Janeiro.

A SPIC Brasil participou do encontro com a presença de sua CEO, Adriana Waltrick, ao falar de investimentos para o setor. Entre os pontos abordados, destacou o papel das hidrelétricas na matriz e a necessidade de complementaridade das fontes.

O encontro foi uma oportunidade de agregar valor e trocar experiências sobre diferentes temas do setor. Entre eles, o protagonismo do Brasil, novos recursos renováveis, a década de ouro energética e mais insights. Siga a leitura e saiba mais!

Brasil como protagonista em matriz energética e pautas sustentáveis

Um dos principais pontos abordados no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia foi o papel de protagonismo do Brasil a nível mundial entre as nações. Isso porque ele é um case de pioneirismo em fontes renováveis e possui destaque em relação ao tema.

Somente em 2023, o país investiu quase 35 bilhões de dólares em transição energética. O dado faz parte de um estudo feito pela BloombergNEF’s Energy Transition Investment Trends e apresentado pelo Ministério de Minas e Energia.

O número reforça a liderança brasileira frente a outros lugares, principalmente pelo estágio avançado no uso de energias renováveis. O patamar nacional de hoje é tido como meta para que outros países alcancem números semelhantes apenas em 2050.

Um relatório divulgado pela Climate Transparency ajuda a ilustrar a diferença e o poderio brasileiro. A nossa matriz elétrica tem 80% de sua geração a partir de fontes renováveis, enquanto a média dos demais países do G20, grupo das principais economias do mundo, é de 29%.

Tecnologias inovadoras e diversidade na matriz energética

Em meio ao aumento nos investimentos com energias renováveis, o Brasil reafirma a necessidade de diversificar e complementar sua matriz. Dessa forma, contribuir para a transição energética, além de manter uma posição de destaque no cenário mundial

O tema esteve entre os assuntos comentados no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia. Isso porque os profissionais envolvidos enxergam como uma oportunidade de descobrir novas fontes renováveis e trazer tecnologias inovadoras ao dia a dia.

Hidrogênio verde como alternativa

Um exemplo de novidade é o uso do biometano como alternativa para produzir hidrogênio verde. Esse processo dispensa a necessidade de usar o gás natural, proporcionando uma geração mais sustentável e limpa para o meio ambiente.

Existe ainda o potencial de ampliar a geração de hidrogênio, um recurso com potencial de exportação. De acordo com profissionais presentes no fórum, a liderança do Brasil no G20 é importante para gerar negócios do tipo.

Crescimento de eólicas offshore

As eólicas offshore também despontam como recursos valiosos no cenário da transição energética. Segundo dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), os projetos em licenciamento no Ibama superam 114 mil GW de potência instalada.

Esses projetos abrangem sete estados – confira a lista completa logo abaixo. A maior parte deles está localizada no Nordeste.

  1. Ceará;
  2. Espírito Santo;
  3. Maranhão;
  4. Piauí;
  5. Rio de Janeiro;
  6. Rio Grande do Norte;
  7. Rio Grande do Sul.

Década de ouro no setor elétrico nacional

Os fatores apresentados anteriormente contribuem para colocar o período como a década de ouro no setor elétrico nacional. Há terreno fértil para desenvolvimento e crescimento devido ao protagonismo do Brasil, aos investimentos e às novas fontes.

Portanto, é necessário aproveitar o momento, com a possibilidade de intensificar o diálogo entre os diferentes agentes para evoluir. Acima de tudo, deve ocorrer uma atuação de forma conjunta e coordenada para ampliar investimentos e inovações.

Isso passa por dar uma atenção especial à segurança energética. O Fórum Brasileiro de Líderes em Energia reforçou o ponto como alternativa essencial para garantir o crescimento de fontes renováveis, assim como modernizar o planejamento de ações.

Tudo deve ser pensado de forma estrutural, proporcionando também proteção jurídica e regulatória por meio de um novo marco para o setor elétrico. Esse é o cenário ideal para que se tenha espaço para cada vez mais investimentos.

Outros insights do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia 2024

O Fórum Brasileiro de Líderes em Energia ainda trouxe mais insights a partir das discussões sobre o futuro do setor energético. Um deles é a constante expansão do Mercado Livre de Energia, que já representa 40% da área e tende a aumentar logo.

Além disso, o protagonismo do Nordeste em relação à energia renovável também foi abordado. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a região produz mais de 82% das energias solar e eólica em território nacional.

Esse dado o coloca como um protagonista estratégico no setor, pois também pode desempenhar um papel econômico e social. A produção energética dos estados é capaz de suprir uma possível escassez elétrica em estados do Sul e Sudeste.

Entretanto, a execução dos insights e a implementação de medidas para crescimento do setor só irão acontecer quando houver articulação e trabalho conjunto entre diferentes agentes do mercado.

Aliado a isso, um outro insight trazido é a necessidade de maior participação feminina. As mulheres presentes no encontro destacaram que um caminho importante já foi trilhado, mas ainda há espaço para mais, principalmente em cargos de liderança.

Portanto, a coordenação entre empresas, profissionais, poder público e demais envolvidos é essencial. O Fórum Brasileiro de Líderes em Energia ressaltou a importância de trilhar um caminho lado a lado para agregar ainda mais ao setor.

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