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SPIC Brasil no EVEx Energy Virtual Experience 2025: desafios e caminhos para a transição energética rumo à COP30

04 de julho de 2025

A CEO da SPIC Brasil, Adriana Waltrick, participou do EVEx Energy 2025, contribuindo para o debate sobre segurança energética, diversificação da matriz e transição climática.

As atenções de todos no setor energético já estão voltadas às oportunidades da COP30. A Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas ocorre de 10 a 21 de novembro, em Belém, no Pará.

Contribuindo para fortalecer o debate, a CEO da SPIC Brasil, Adriana Waltrick, esteve na edição de 2025 do EVEx Energy, um dos principais eventos do setor energético da Ibero-América. 

Confira como foi a participação da SPIC Brasil no evento!

O que é o EVEx Energy?

O Energy Virtual Experience é um evento internacional que reúne especialistas e autoridades no setor de energia. O objetivo é colaborar para a troca de experiências entre os players a fim de acelerar a transição energética.

Também conhecido pela sigla EVEx Energy, o encontro tem foco na cooperação entre países da Península Ibérica e da América Latina. Isso vale, principalmente, para Brasil, Espanha e Portugal, que são protagonistas nas discussões.

O evento acontece desde 2020 e teve algumas das edições realizadas de modo totalmente virtual por conta da pandemia. Depois disso, duas cidades tiveram o privilégio de sediar presencialmente, casos de Lisboa, em Portugal, e Natal, no Brasil.

Qual o tema do EVEx Energy 2025?

A capital do Rio Grande do Norte, inclusive, foi novamente palco da edição em 2025. O EVEx Energy aconteceu nos dias 3 e 4 de julho, com a temática de “Transição Energética e Ação Climática: sinergias ibero-americanas rumo à COP30”.

Mais de 70 autoridades e especialistas do setor de energia se reuniram para discutir inovações aliadas a soluções sustentáveis, no SERHS Natal Grand Hotel & Resort. A cidade foi escolhida por conta da localização estratégica do Nordeste.

Isso porque a região é conhecida pela ampla disponibilidade de recursos naturais, um fator capaz de potencializar o uso de fontes de energias renováveis. Dessa forma, apresentando um vasto terreno para impulsionar a transição energética.

Segurança Energética, Diversificação da Matriz, Transição Climática e a COP30

Adriana Waltrick participou do painel “Segurança Energética, Diversificação da Matriz e Transição Climática: o que esperar da COP30?”. A roda de conversa teve a moderação de Natália Bezutti, jornalista e sócia da MegaWhat e contou com outros nomes importantes do setor.

  • Teresa Ponce de Leão (Presidente do LNEG, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal);
  • Thiago Ivanoski (Diretor de Estudos Econômicos-Energéticos e Ambientais da EPE, a Empresa de Pesquisa Energética);
  • Rudinei Miranda (Presidente da ANER, a Associação Nacional das Entidades Representativas de Energias Renováveis);
  • Maria João Rolim (Sócio do Rolim Goulart Cardoso Advogados).

Adriana destacou o compromisso da SPIC Brasil com um portfólio energético diversificado, composto por energia solar, eólica, hídrica e térmica. 

Segundo a executiva, essa diversidade é essencial em um cenário cada vez mais desafiador, em que as fontes renováveis intermitentes precisam ser complementadas.

“As hidrelétricas funcionam como baterias naturais, fundamentais para a estabilidade do sistema elétrico nacional”, destaca Adriana Waltrick. 

A SPIC Brasil tem atuado de forma consistente nesse caminho. Desde sua chegada ao país, em 2017, a companhia já investiu mais de R$15 bilhões no setor elétrico nacional e ampliou sua capacidade instalada para quase 4 GW, um crescimento 70 vezes superior.

 

Projetos como os parques eólicos Pedra de Amolar e Paraíso Farol, em construção no Rio Grande do Norte, simbolizam esse avanço. Com investimento de R$755 milhões e geração de cerca de 800 empregos, essas iniciativas reforçam o papel estratégico do Nordeste na transição energética brasileira. 

Curtailment, juros altos e gargalos de transmissão: os entraves das renováveis

Adriana também apontou no EVEx Energy, os principais obstáculos enfrentados hoje pelos projetos renováveis no Brasil:

  • curtailment (corte da geração);
  • alta de juros reais;
  • gargalos de transmissão.

Desde 2023, projetos solares e eólicos enfrentam perdas de até 40% da energia gerada.

Além disso, a CEO defendeu a atualização do marco regulatório, pois a legislação atual (de 2004) já não reflete a complexidade da matriz elétrica brasileira.

“O investidor precisa de regras claras, segurança jurídica e planejamento de longo prazo para continuar apostando no Brasil.”. 

Inovação em energia eólica e modernização de hidrelétricas 

Apesar dos desafios, a SPIC Brasil segue investindo em inovação. Entre os destaques, está a parceria com a Goldwind para implantação de turbinas eólicas de 6,2 MW no Rio Grande do Norte, uma das maiores potências unitárias do país.

“Essa tecnologia representa uma revolução para o setor eólico brasileiro.” 

Outro projeto relevante é a modernização da Usina Hidrelétrica São Simão, com investimento de R$1 bilhão. A usina passará por digitalização completa, aumentando sua eficiência e capacidade de resposta aos desafios do sistema.

A participação da SPIC Brasil no EVEx Energy 2025 reforça o papel da empresa como agente estratégico na transição energética nacional. Ao mesmo tempo, contribui para fortalecer a governança e a estabilidade regulatória, pré-requisitos para atrair investimentos e garantir o futuro sustentável do setor.

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