A transição energética no G20 foi o tema principal de evento do Ministério de Minas e Energia, que reuniu executivos e empresários do setor em Brasília/DF.
No dia 28 de agosto, a SPIC Brasil esteve presente no “Diálogo G20: Transições Energéticas”, realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília/DF. Nossa CEO, Adriana Waltrick, participou do evento que discutiu os caminhos para a transição energética no G20, junto ao Grupo de Trabalho (GT).
O encontro reuniu governantes, empresários e profissionais dos poderes público e privado para debater temas como fontes renováveis, o papel do agronegócio, descarbonização, participação do Brasil no G20, entre outros.
Com presença do Ministro Alexandre Silveira e da Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o evento abordou as três prioridades brasileiras na transição energética: acesso ao financiamento, dimensão social e a importância de uma abordagem integrada para os combustíveis sustentáveis.
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Financiamento da transição energética
O acesso ao financiamento para acelerar a transição energética, com foco nos países em desenvolvimento e economias emergentes, foi um dos destaques do evento. A SPIC é uma das empresas que vem contribuindo ativamente para esse processo, no Brasil e no mundo.
Adriana Waltrick, nossa CEO, foi uma das participantes no painel 1 “Soluções para a atração de investimentos e financiamento da transição energética”, com moderação de
Thiago Barral, Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Luciana Costa, Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Clarissa Lins, CEO Catavento, e Renata Isfes, Presidente Abiogás.
Durante o painel, Adriana reforçou a importância da transição energética para fazer girar a economia global. “A transição energética deve fazer girar três vezes mais capitais. Hoje, giramos 1.6 trilhões de dólares no mundo; até 2050 esse valor será multiplicado por três, anualmente”.
Ela também destacou como a parceria Brasil-China pode contribuir, ainda mais, para impulsionar a transição energética por meio da diversidade de financiamentos existentes, além de ressaltar nosso pioneirismo em transações entre essas duas economias.
“Nós (SPIC Brasil) fizemos o primeiro financiamento de grande porte entre real e a moeda chinesa. O Brasil tem na China o seu maior parceiro comercial, é natural que existam esses fluxos e moedas”, comentou Adriana durante o painel.
Nossa CEO ainda reforçou que ao acessarmos o mercado chinês temos a opção de olhar para o mundo e identificar onde estão as melhores oportunidades de investimento dentro do setor energético. Por isso, é importante fomentar os acordos fiscais entre os países.
Já para Clarissa Lins, CEO Catavento, é preciso contar com a participação de bancos multilaterais e criar mecanismos de financiamento inovadores, que amenizem o risco cambial e possam dar mais acesso aos green bonds – os “títulos verdes”, instrumentos financeiros para levantar capital com foco em projetos que tragam benefícios ambientais.
Pobreza energética
Durante o “Diálogo G20”, o MME deu enfoque especial ao enfrentamento da chamada “pobreza energética”, aproveitando o recém-lançado programa Gás Para Todos, dentro da Política Nacional de Energia Limpa na Cozinha. O objetivo do programa é eliminar o consumo de lenha nas cozinhas brasileiras.
A pobreza energética é um dos desafios centrais do Brasil para que se alcance uma transição justa. Ela acontece quando existe uma dificuldade de acesso de um indivíduo ou grupo de pessoas à energia e aos serviços energéticos modernos.
Em todo o mundo, cerca de 675 milhões de pessoas ainda vivem sem eletricidade, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), Banco Mundial e outras organizações, lançado em 2023.
Ainda de acordo com a OMS, 3,2 milhões de pessoas morrem anualmente por doenças causadas pelo uso de combustíveis e tecnologias poluentes. Por isso, é necessário reduzir o custo de financiamento para a transição energética, uma das prioridades do GT da Transição Energética do G20 no Brasil.
Brasil como protagonista na transição energética
A abundância de fontes renováveis no Brasil nos coloca na dianteira para liderar a transição energética mundial. Porém, para Luciana Costa, Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, é preciso que o país dê um passo adiante.
Para ela, o Brasil está bem posicionado, mas precisa ir para a próxima fase da transição, com exploração de minerais críticos, produção de combustível de aviação sustentável (SAF) e combustíveis para navegação, desenvolvimento do hidrogênio verde e do biometano.
Hoje, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é o maior financiador de projetos de energia limpa do mundo, englobando diversas tecnologias existentes, como solar, eólica e linhas de transmissão.
Entre as suas vantagens competitivas estão as linhas de crédito de maior prazo, que podem chegar até 35 anos, acima da média de cinco a oito anos do mercado.
Próxima reunião sobre transição energética no G20
O evento em Brasília sobre a transição energética no G20 foi preparatório para a próxima reunião ministerial que será realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná, entre 30/09 e 02/10, a última do GT sob a presidência do Brasil.
O encontro será realizado às vésperas do G20 e terá a presença de executivos do governo brasileiro e de ministros de Minas e Energia dos países envolvidos, além de players do setor de energia.
A reunião em Foz será a última antes da COP 30 no Brasil, que será realizada no final de 2025 em Belém, no Pará. A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas vai acontecer no bioma amazônico, fundamental no combate à mudança do clima.
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