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CEM15/MI9: evento debate ações para um futuro energético mais limpo

14 de outubro de 2024

O encontro em Foz do Iguaçu reuniu ministros, especialistas e comunidade do G20 para discutir os desafios e estratégias para acelerar a transição energética mundial.

Acelerar o processo de transição energética é uma missão global. Do dia 30 de setembro a 03 de outubro, Foz do Iguaçu/PR foi o palco escolhido para discutir o tema no encontro CEM15/MI-9, realizado pela Clean Energy Ministerial e Mission Innovation.

Este é um dos principais encontros mundiais voltados para acelerar a transição energética, e reuniu líderes que representam mais de 80% dos investimentos globais em energia limpa para avançar em políticas concretas neste tópico.

Este ano, o evento é especialmente relevante por coincidir com a presidência do G20 (Grupo de Trabalho) pelo Brasil, reforçando o enorme potencial brasileiro para liderar a transição energética global.

A SPIC Brasil foi uma das empresas convidadas para acompanhar o encontro CEM15/MI-9. Continue a leitura e confira as principais discussões e temas abordados!

A SPIC na CEM15/MI9

Estamos no centro das discussões sobre transição energética no Brasil e no mundo. Para nós, gerar energia caminha junto à construção de um futuro mais sustentável e verde para todos.

No final de agosto, nossa CEO, Adriana Waltrick, representou a SPIC Brasil no “Diálogo G20: Transições Energéticas”, realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília/DF, para discutir os caminhos para a transição energética.

No encontro CEM15/MI-9, tivemos painéis, exposições e mesas redondas de alto nível envolvendo diversos países. Eventos como esses são essenciais para fortalecer a cooperação global e impulsionar um futuro energético limpo. 

Principais temas do evento

A reunião abordou temáticas como as estratégias para o financiamento das transições energéticas em economias emergentes, melhorias nos métodos de contabilidade de carbono para produtos de base biológica e avanços em combustíveis de aviação sustentáveis.

Financiamento da transição energética e pobreza energética

A pobreza energética em países emergentes e em desenvolvimento foi um dos principais pontos de destaque do evento. Hoje, por exemplo, cerca de 685 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à eletricidade no mundo.

O que existe é uma verdadeira lacuna entre a necessidade de financiamento e os valores realmente direcionados a essas nações. Dos US$ 13 bilhões captados para o financiamento climático global, apenas 212 milhões foram destinados a países em desenvolvimento.

A participação de empresas estatais em países como México e Brasil é essencial, pois elas representam até dois terços da capacidade energética em muitas nações. Na América Latina, mais de 130 projetos de energia renovável foram implementados, representando mais de US$ 300 milhões em investimentos.

Transição energética justa

A necessidade de dobrar os investimentos em tecnologias limpas é evidente, mas a distribuição desigual dos recursos financeiros segue sendo o grande obstáculo. A falta de financiamento adequado para os países mais pobres impede que regiões mais vulneráveis se beneficiem plenamente.

Apenas 5% dos investimentos climáticos globais atingem as economias emergentes, revelando a necessidade de novos mecanismos de captação e alocação de recursos. 

Para que a transição energética seja um processo justo e global, precisamos primeiro implementar novos mecanismos de captação e alocação de recursos, sem deixar os países mais pobres de fora desse processo.

Carbono zero

Embora haja exemplos de sucesso, como a expansão dos projetos solares na América Latina e o plano brasileiro para exportação do hidrogênio verde (H2V), ainda é necessário investir mais para alcançarmos uma transição energética rápida e eficiente.

O mesmo cenário se mantém quando falamos das metas de carbono zero. No encontro CEM15/MI-9, líderes globais discutiram estratégias para alavancar a neutralidade em diversos setores da economia, especialmente o da indústria.

Investir em eficiência energética é fundamental para alcançarmos a emissão neutra de carbono. Por três anos seguidos, a SPIC Brasil conquistou o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), que atesta a qualidade e transparência nos dados sobre emissão de gases de efeito estufa.

A classificação máxima no programa é mais um resultado que reforça o nosso compromisso com as melhores práticas de mercado e promoção da transição energética.

Combustíveis sustentáveis

Durante o evento, Mariana Espécie, Coordenadora do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, destacou o papel do Brasil como líder na produção dos chamados combustíveis sustentáveis.

Nesta terça-feira, 08 de outubro, o Presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou a Lei Combustível do Futuro, que incentiva a produção e o uso desse tipo de combustíveis, como o diesel verde e o biometano.

A Lei Combustível do Futuro institui três programas para incentivar a pesquisa, produção, comercialização e uso dos biocombustíveis, com o intuito de promover a descarbonização dos setores de transportes e de mobilidade.

De acordo com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a nova lei vai gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos nas áreas do agronegócio e na cadeia dos biocombustíveis.

Os combustíveis sustentáveis são derivados de biomassa renovável e podem substituir, total ou parcialmente, os combustíveis derivados do petróleo e gás natural.

Cooperação mundial para transição energética

Durante o encontro CEM15/MI-9, painéis de alto nível destacaram que a exportação do H2V do Brasil para a Alemanha pode gerar 37 mil empregos e aumentar as receitas em três vezes, em comparação com a exportação de matérias-primas convencionais.

Além disso, outra sessão destacou como a Missão Inovação pode apoiar países em desenvolvimento, enfatizando a necessidade de aumentar os investimentos em energias renováveis na África, que historicamente recebeu uma pequena parcela do financiamento global.

Outro tema importante é a descarbonização de indústrias por meio de biomanufatura sustentável e recursos biológicos. Essas discussões são fundamentais para moldar a cooperação internacional e acelerar a implantação de soluções de energia limpa em todo o mundo. 

Energia solar em destaque

A geração de energia solar foi mais um tema abordado no evento em Foz do Iguaçu. Os líderes destacaram, como mais uma estratégia crucial para a transição energética, a criação de ecossistemas para acelerar a produção e implementação de energia solar, com foco em ESG.

Atualmente, o Brasil é o sexto maior produtor de energia solar do mundo. Em 2023, produzimos 37 GW, avançando duas posições em relação a 2022, segundo levantamento feito pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

China, Estados Unidos e Japão ocupam o top 3 de produção solar, somando juntos 833 GW de geração. Somente a China gerou cerca de 609 GW, 16 vezes superior à produção brasileira.

A geração solar fotovoltaica é uma fonte de energia cada vez mais eficiente e competitiva, uma das protagonistas no processo da transição energética mundial.

Acompanhe as discussões sobre transição energética

O encontro CEM15/MI-9 reforçou a importância de unir forças para garantir um que o futuro da energia seja limpo, acessível e sustentável para todos ao redor do mundo.

Para nós, é uma honra participar de eventos que discutem caminhos para a transição energética, somando nossa energia para cuidar das pessoas e do meio ambiente.

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